quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A importância da gordura em nossa dieta

A nossa coluna Nutriteca ganha a partir de hoje um novo colaborador, o médico especializado em Nutrologia, Roberto Franco do Amaral, que já esteve por aqui falando sobre Como Evitar o Ganho de Peso Com Os Alimentos de Baixo Índice Glicêmico


Hoje ele vai falar sobre a importância da gordura em nossa dieta.

Vale muito a pena ler!

Bjos

Gi


Infelizmente a maioria das pessoas associam a ingestão de gorduras com ganho de peso. Mas isto não é verdade, desde que seja consumida da forma certa e na quantidade certa.
Imagino que achem que gordura gera gordura, faz sentido.




Um dos  mecanismos de se estocar gordura corpórea é exceder o consumo  de calorias ao longo do dia em relação ao gasto. Se entrar (comer) mais que sair (gastar) logicamente há armazenamento.

Outra forma de estocar gordura é liberar  uma quantidade excessiva de  insulina., hormônio formador de gordura e músculos. Já perceberam  como alguns gordinhos são forte apesar de não fazerem musculação? Motivo: insulina

Este hormônio é liberado  para metabolizar a glicose ou açúcar no sangue, isto é, jogar glicose para células para que essas gerem energia.

Quanto mais glicose, mais insulina e caso o organismo não precise de tanta energia, sabidamente ele armazenará a energia em forma de gordura Este hormônio veio  da época em que caçávamos e tínhamos  acesso limitado aos alimentos. Assim, quando o homem primata comia ele precisava armazenar um pouco de energia. Porém surgiram os supermercados, as padarias, lanchonetes, etc. e  ninguém avisou o pâncreas para ele parar de liberar insulina  e estocar gordura.

Nossa  dieta, que era basicamente  carnes, gorduras, vegetais e frutas sofreu uma total inversão  com a entrada  do  carboidrato derivado da farinha branca encontrado em pães,massas e arroz. Sem contar os biscoitos, doces, refrigerantes, sucos prontos ,guloseimas, e fast foods  que invadiram  o nosso dia a dia.

Com  a finalidade   de diminuir  a insulina e aumentar o metabolismo  podemos  aumentar  a ingestão de gorduras  do bem, não descartando totalmente as do “mal” e diminuir ou zerar a ingestão  de carboidratos brancos e guloseimas, dando preferência as carboidratos integrais, frutas e verduras.

Para isso, em torno de  30% do total  das calorias ingeridas  seria derivada das gorduras, 30% seria de proteínas e 40 % de carboidratos de baixo índice glicêmico,isto é, carboidratos  que  despejam pouco açúcar ou glicose em mossa corrente sanguínea  e consequentemente liberam menos insulina – hormônio formador de gordura.

Desta forma conseguimos mudar drasticamente  nossa configuração metabólica em relação aos hormônios que estocam gordura e ao mesmo tempo, conseguimos aumentar o metabolismo, já que gordura também gera energia. Além disso as  gorduras  fornecem  colesterol ao organismo , sustância essencial para formar hormônios que formam músculos e  queimam gorduras.

Dieta  comum:


Dieta  em Zona Metabólica:



Sintomas e sinais  de que está em zona metabólica
1.Controle  do apetite
2.Aumento  da disposição
3.Melhor função intestinal
4.Emagrecimento saudável: lento porém se mantem -se a massa magra
5.Melhor agilidade mental

Conheça as gorduras e suas funções

Gorduras saturadas: são conhecidas com as gorduras do “mal” já  que estão associadas  ao depósito de gorduras nas artérias do coração e cérebro. Porém novos estudos mostram esta gordura gera um processo inflamatório crônico em nosso organismo que seria  responsável  por várias  doenças ligas ao envelhecimento.

São normalmente sólidas em temperatura ambiente e sua principal fonte são os alimentos de origem animal, especialmente carnes gordas, leite e manteiga. Por estarem relacionadas ao aumento do colesterol no sangue, o seu consumo deve estar limitado a 10% do total de quilocalorias ingeridas
O óleo  de côco  apesar de ser uma gordura saturada  é considerado  bom para a saúde . Ele é classificado como triglicerídeo de cadeia média.

As gorduras monoinsaturadas promovem melhora nos níveis de colesterol, saciam a fome e são ricas em minerais como zinco e magnésio. São encontradas no azeite, abacate, açaí, oleaginosas (castanha-do-pará, amêndoas, nozes, pistache, avelãs) e sementes em geral.

Já o Ômega-3, que faz parte das poli-insaturadas, é uma importante gordura anti-inflamatória, que atua na promoção dos bons níveis de triglicerídeos e prevenção de doenças do coração. Ele está presente em peixes, como sardinha, salmão, atum e arenque, além de fontes vegetais, como a linhaça, óleo de canola, rúcula e semente de chia, maior fonte vegetal de ômega 3.



Dr. Roberto Franco do Amaral
http://wwwrobertofrancodoamaral.blogspot.com/
           

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